Espetáculo híbrido que combina poesia-teatro-música-dança-ritual, onde são reverenciadas memórias de suas ancestrais ao som dos instrumentos tradicionais do oeste africano, da diáspora e da contemporaneidade eletrônica preta. A montagem reúne reflexão, denúncia, afeto e amor que permeiam os corpos pretos diaspóricos. “Minha avó sempre me disse” desperta a necessidade de retornar ao passado em busca de resgatar a sabedoria dos mais velhos, a fim de construir um presente e futuro mais conscientes e representativos.

O espetáculo é uma idealização do grupo Dembaia, teve sua primeira montagem no final de 2019, e retomou aos palcos em 2022 quando circulou por algumas cidades do Rio de Janeiro. A primeira montagem teve uma curtíssima temporada no Teatro Gonzaguinha em novembro de 2019, e em 2022 o espetáculo realizou uma circulação por oito (08) unidades do Sesc RJ pelo Sesc Pulsar.

O grupo Dembaia é um conjunto feminino negro, composto por cinco mulheres (Ana Magalhães, Beà Ayòóla, Dai Ramos, Sabrina Chaves, Tati Villela) que residem no Rio de Janeiro, atuam de forma independente e é, na cidade, referência em pesquisas práticas e teóricas, oficinas e apresentações artísticas referentes à cultura tradicional e moderna da África do Oeste. Propõem um híbrido com a cultura afro-diaspórica brasileira através dos ritmos tradicionais, a poesia falada e a performance, de modo a promover a preservação da memória Africana e a propagar a cultura afro diaspórica no país.

Créditos das imagens abaixo: Maria das Candongas